PM de SP vai aumentar número de blitze em 30% na Páscoa; medida inclui bairro da Vila Olímpia
sexta-feira, 30 de março de 2012As blitze da lei seca serão mais rigorosas no feriado da Páscoa na capital paulista. Segundo a Polícia Militar, até os soldados do setor administrativo vão sair às ruas para fiscalizar os motoristas. A PM informa que a convocação desses policiais vai representar um aumento de 30% na montagem de bloqueios em regiões com aglomerações de bares.
As operações contra quem bebe e dirige têm sido intensificadas desde o começo do ano. De janeiro a 26 de março, 56.593 pessoas foram submetidas ao teste do bafômetro, um aumento de quase 300% em comparação com o mesmo período do ano passado (14.232).
A rigidez na aplicação da lei seca será mantida mesmo após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir livrar de processo criminal os motoristas com suspeita de embriaguez que se recusarem a fazer o teste do bafômetro e o exame de sangue.
Na Páscoa, o alvo principal serão os redutos de restaurantes e casas noturnas, como os bairros de Vila Madalena e Pinheiros, na zona oeste, e Vila Olímpia e Itaim Bibi, na zona sul de SP. As imediações da Praça Silvio Romero, na zona leste, também estão na lista das operações da PM.
O major Joselito Sarmento de Oliveira Junior, do Comando de Policiamento de Trânsito da Capital (CPTran), explica que o setor de inteligência da PM tem feito estudos sobre locais mais incidentes para poder organizar blitze nesses pontos. O sistema “drive-thru”, em que o motorista nem precisa estacionar o carro para soprar, também tem agilizado os bloqueios. “Isso foi fundamental para aumentar o número de pessoas submetidas ao teste”, conta o oficial.
Apesar de negar que exista uma “escolha” na hora de parar possíveis infratores, a PM explica que os homens ainda são 76,6% dos motoristas parados para fazer o teste do bafômetro. De cada dez pessoas que recebem muita por embriaguez ao volante, três são mulheres.
Equipamentos. Para garantir a formação de bloqueios, o CPTran tem, além dos bafômetros tradicionais, 86 equipamentos chamados “passivos”, aparelhos que estavam em teste desde o ano passado e que detectam se o condutor bebeu, sem que ele precise assoprar um canudo. Nesse mesmo batalhão, policiais ficam de olho no perfil do Twitter que informa os usuários sobre blitze da lei seca na cidade. “Para driblar isso nós fazemos um acompanhamento”, diz o major.
Na próxima semana, as operações vão atingir a marca de 500 mil pessoas abordadas na capital paulista. O capitão Sergio Marques, porta-voz da PM, conta que esse número começou a ser contado em 2009, quando os bloqueios ganharam força.
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