Bares da Vila Olímpia torcem para recuperar prejuízo da ‘lei seca’ nas Olimpíadas
sábado, 9 de agosto de 2008Gerentes de bares da Vila Olímpia divergem sobre previsões de rentabilidade.
Horário dos jogos de futebol desanima comerciante.
Donos de bares têm um motivo a mais para torcer pelo sucesso brasileiro nas Olimpíadas. Mais vitórias significam ainda mais motivos para os consumidores levantarem copos de bebidas, modalidade esportiva dos clientes preferidos das casas noturnas. A primeira madrugada de jogos, com uma vitória no vôlei, rendeu previsões otimistas e desesperançosas neste sábado (8) entre os comerciantes.
Os gerentes de bares entrevistados pelo G1 são unânimes em apontar que o futebol é o campeão no quesito “lugares ocupados” em casas noturnas, mas assistir a outras disputas olímpicas também é um atrativo fora do cardápio dos estabelecimentos para os clientes. A indiferença dos pessimistas é reflexo da redução no movimento de casas noturnas tradicionalmente superlotadas antes de a “lei seca” entrar em vigor em 20 de junho deste ano. A lei proíbe que motoristas dirijam após ter ingerido álcool.
“Mesmo com a ‘lei seca’, acho que as olimpíadas vão fazer um diferencial”, avalia Léo Xavier, gerente do bar cubano Rey Castro, na Vila Olímpia, Zona Oeste da capital paulista.
O gerente de um outro bar da Vila Olímpia, a uma quadra do Rey Castro, não usufrui do mesmo otimismo de Léo Xavier, embora seja da mesma turma de comerciantes que buscam um remédio para a “ressaca financeira” da “lei seca”. José Roberto dos Santos, gerente do boteco Vila Rica, não prevê mais movimento nos dias da competição por causa dos “horários doidos” dos Jogos Olímpicos, especialmente os do futebol que costuma lotar bares em decisões. “Os horários doidos dificultam, mas a gente torce para que venha bastante gente”, disse o gerente do boteco “Vila Rica”.
Só um jogo de futebol pode fazer a alegria das casas noturnas saudosistas dos lucros de época de Copa do Mundo: a final do futebol masculina marcada para 1h da madrugada do sábado (23). O histórico olímpico brasileiro implora por uma medalha de ouro no futebol, que só tem duas pratas e um bronze.
A procura por mesas de bares nas madrugadas olímpicas é imprevisível. Baladeiros entrevistados pelo G1 aproveitam os jogos para torcer nas casas noturnas, mas não planejam quais modalidades e etapas assistir. “Se estiver passando, a gente assiste”, disse o empresário Victor Novaes, de 28 anos, entre uma ida e outra à pista de dança no bar cubano Rey Castro.
Os Jogos Olímpicos animam o médico Rodolfo Espinoza, de 34 anos, porque são uma oportunidade de diversão com os amigos nas noitadas. “Sendo de madrugada, é só mais um motivo para sair com os amigos”, explicou após comemorar a vitória inicial e lamentar a posterior eliminação do judoca brasileiro Denílson Lourenço na madrugada deste sábado (9), assistindo à transmissão na televisão do Rey Castro.
Disputas brasileiras durante a madrugada de agosto não vão faltar. Confira a programação das provas.
Fonte: G1
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