Vítima diz que viu ladrão em banco antes de crime na Vila Olímpia
quarta-feira, 20 de julho de 2011O motoboy Adelson Francisco, que foi assaltado após sair de um banco na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo, afirmou na tarde desta quarta-feira (20) ter visto um dos criminosos minutos antes de ser abordado. Dois dos quatro assaltantes foram mortos após troca de tiros com um policial militar à paisana no fim da manhã.
Francisco sacou R$ 12,6 mil em uma agência na Rua das Olimpíadas, perto do Shopping Vila Olímpia. Quando caminhava por uma via próxima, foi “enquadrado” pelos assaltantes, que estavam em duas motos. “Um deles já veio apontando a arma e pedindo o dinheiro. Eu entreguei o envelope e depois levantei a camisa para mostrar que não tinha nada.” O dinheiro sacado era para a empresa onde ele trabalha e que fica a cerca de 200 metros do banco.
Segundo o capitão da PM Sérgio Ferraz, um policial que estava de folga viu a abordagem e deu voz de prisão. Os assaltantes atiraram e o policial reagiu, atingindo um deles na Alameda Vicente Pinzón. Um outro suspeito tentou escapar pela Rua Gomes de Carvalho, mas também foi atingido. Antes de parar, ele atingiu um Fox, amassando e quebrando o vidro traseiro do veículo. Os dois foram socorridos, mas morreram em hospitais da região. Os outros ladrões conseguiram fugir levando o envelope com o dinheiro.
O motoboy disse não ter dúvidas de que os ladrões sabiam que ele carregava uma grande quantia de dinheiro. “O que me enquadrou estava dentro do banco. Dei uma olhada nele quando parou ao meu lado no caixa, mas foi normal. Ele conversou com a gerente do banco.” Ele não ouviu o teor da conversa e reconheceu o criminoso apenas quando foi assaltado.
A região em que o crime ocorreu concentra, além de um shopping, prédios de escritórios. No horário da abordagem havia diversas pessoas na região. “Quando os tiros aconteceram foi uma correria”, disse Alexandre Venegas, de 37 anos, que trabalha com comércio exterior em uma empresa ao lado do banco. “Dez pessoas tentaram se proteger em um estacionamento. Foi muito rápido.”
Um metalúrgico de 52 anos que não quis ter o nome revelado disse que também viu o tiroteio e que não tem dúvida de que o PM agiu para se defender. “Se ele não se defendesse, ia levar bala”, disse, no 96º Distrito Policial, no Brooklin, onde o caso foi registrado.
Susto
Quem também estava na delegacia era o corretor Eugênio Norvello, de 56 anos. Ele é o dono do carro atingido por um dos suspeitos. “Eu estava esperando abrir o farol e começou o tiroteio. Foi muito tiro. Passei meio abaixado e não entendi quando tomei a pancada, porque não tinha ninguém atrás de mim”, relatou.
Ele disse que em um primeiro momento, ao ver o motociclista caído no chão, pensou tê-lo machucado com o carro. Só depois entendeu que havia acontecido um assalto. “Alguns motoboys me cercaram porque pensaram que eu ia fugir do acidente. Me assustei ao ver ele caído.”
Fonte: G1
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